quarta-feira, 9 de junho de 2010

A verdade por detrás da Lenda

Amanhã é Dia de Camões, de Portugal e das Comunidades...
Ups.. Peço desculpa. Amanhã é feriado!!!!
E em época de comemorações deste grande escritor, contador de histórias, poeta português, o Tertúlia resolveu homenageá-lo durante toda esta semana. Hoje é isto que vos apresentamos.








Por entre mantas e lençóis amarrotados
por um grande amor foi gerado um menino
de um casal, dois pais mui babados
Mui grande se faria um dia o rapazinho
Nessa noite se deitaram os três aconchegados
Por toda a parte se ouvia um murmurinho
Enormes feitos se aguardavam do petiz
um prodígio da ponta dos pés à ponta do nariz

Em pequeno revelava mui grande habilidade
Aos confins do mundo a palavra chegou
Era artista único no seio de sua trindade
Todo o futuro da história ele preconizou
Desde o norte do Douro ao sul do Arade
Em escrita de histórias o rapaz triunfou
Em seu redor o povo exclamava gritando
"Ó rapaz escritor! Essa escrita? Vai andando?"

Mas de escrituras não quis ele saber mais
De papel, tinta e penas estava farto
O homem feito, que às tantas disse aos pais
"Não quer escrever, quer outra arte,
Quer praticar desporto, este que amais"
De terras lusas partiu para outra parte
Para um atleta então se tornar
E de nau partiu o jovem pr'além mar

Muitos anos se passaram sem notícias
Eis que chega o homem retornado
Regressa diferente, cheio de malícias
Parecera que ao longe, mal amado
Por mil e uma ou mais patrícias
Na bagagem mil feitos havia alcançado
E voltara a revelar o seu paradeiro
Para verem o que aprendeu no estrangeiro

Mais de mil versos intemporais depois
Foi ele aprender outro engenho
Nas setas não eram precisos dois
Mas era necessário muito empenho
E nem mesmo a inveja de certos bois
E sem ligar porra ao desdenho
Chegou assim, no seio dos atletas,
Um jogador federado de setas

Tamanha agilidade não havia igual
E pontaria, do melhor que havia
Era craque da seta da era actual
Mas como muitos não tinha a mania
Tinha dotes e alma de imortal
E nesse ano algo novo apareceu
Um grande e novo torneio aconteceu

Torneio Luso-Mundial de Seta Voante
Ao qual muitos digníssimos se associaram
Entre eles o nosso herói participante
E começou quando os juízes apitaram
Ao som de uma tromba de elefante
O torneio que p'lo mundo falaram
Da imponente invicta ao longínquo Oriente
Por entre terras, da fria até à quente

Mas do desastre não estava safo
O ex-escritor, agora desportista
Por entre bebida e o seu bafo
O nosso bom herói vaza uma vista
A desgraça, aqui eu desabafo
Foi a maior tristeza do artista
Ao jogar a seta para o centro da cereja
Faz ricochete na caneca de cerveja

Mas nem mesmo isso o impediu
De triunfar naquela competição
Que vá p'rá puta que o pariu
Quem não acredita no campeão
E foi até ao fim, foi de fio a pavio
Foi até vencer o desejado medalhão
Foi o nosso maior dos mandriões
Foi Luis Vaz de Camões


NOTA: Todo o conteúdo deste blog é baseado em factos reais sendo que se torna muito difícil distinguir a ficção da realidade.

4 comentários:

  1. Muita imaginação como sempre e criatividade à mistura!! E jeitinho, não querendo puxar a brasa À minha sardinha ;) brutali paah lol já diziam o Diário e a Ana :)

    ResponderEliminar

A opinião veiculada nos comentários é a dos seus autores e não do Tertúlia Cor-de-Burro-a-Fugir.
Será responsabilizado o autor de qualquer comentário susceptível de lezar o bom nome, a honra ou a imagem de pessoas ou instituições, bem como o autor de qualquer comentário injurioso, ofensivo ou contrário às leis portuguesas... (Por outras palavras, vamos ter o direito de vos chamar nomes também!)
Qualquer comentário pode, a qualquer momento, ser rejeitado ou retirado pelo Tertúlia Cor-de-Burro-a-Fugir, sem necessidade de justificação... E mais nada!