segunda-feira, 18 de julho de 2011

Eu Lúcifer, tu Jane??

Quase todos tivemos uma fase satânica. Não? Pronto, eu tive. Mas nada de ir prós cemitérios fazer bruxedo ou isso, era mais a nível literário. A dada altura da minha vida tudo e mais alguma coisa que fosse livro que tivesse no titulo as palavras "Lúcifer", "Satanás", etc, etc, eu comprava. Tenho um livro chamado "Satanás" e um outro intitulado "Eu, Lúcifer", e é deste ultimo que vou falar nesta crónica tertuliana chamada: Livro Livrinho.






Dei por mim, entre a compra de "Um mostro precisa de amigos" (ou "Dexter" em inglês, muito antes da série da TV o ter tornado o mais famoso Serial Killer de sempre a seguir ao Hanibal) e este livro, "Eu, Lúcifer", escrito por um tal Glen Duncan. Comprei e sem duvida valeu a pena.




Quem já viu o filme "A Cidade dos Anjos" com o Nicolas Cage e a Meg Ryan? Pois, então em vez de um anjo bomzinho acabadinho de cair do céu imaginem que era Lúcifer, o Estrela da Manhã em pessoa, Legião, etc, etc... Ah, pois, nada de bom poderia vir disto certo? Errado, enquanto no filme do Nicolau Jaula o anjo interpretado por ele só experimentou coisas boas, e no final quando ela morre experimenta a dor de perda (ah ah já vos estraguei o filme), no livro "Eu, Lúcifer" o gajo experimenta tudo, tudo é belo, tudo é maravilhoso. Não vou começar a descrever as coisas como Lúcifer, mas a verdade é que ler este livro fez-me olhar para tudo de uma maneira mais atenta, e mais, alertou-me seriamente para esta verdade absoluta: "Só somos os BONS dependendo do ponto de vista, há sempre alguém que nos acha MAUS."

A escrita é jovem e fluída, posso dizer que é leve, mas não é bem assim, tem muitas descrições pormenorizadas de coisas que podem deixar a maioria das pessoas chocadas.

Identifiquei-me bem na personagem, mas mesmo que não tivesse acontecido acredito que sentiria empatia pelo seu fado. Desafio a quem ler, ou a quem já leu, que descubra uma das particularidades do nome de uma personagem (Pista.: Atenção ao nome do gajo que se suicida).

Sinopse.:

O diabo resolveu contar a sua versão da História e não está com meias palavras...
Muito aplaudido pela crítica, Eu, Lucifer revela-nos o talentoso Glen Duncan, autor que parece ter apurado o estilo sarcástico, divertido e inteligente que caracteriza a sua escrita.

«Eu, Lúcifer, Anjo Caído, Príncipe das Trevas, Portador da Luz, Governante do Inferno, Senhor das Moscas, Pai das Mentiras, Apóstata Supremo, Tentador da Humanidade, Serpente Velha, Príncipe deste Mundo, Sedutor, Acusador, Atormentador, Blasfemo e, sem sombra de dúvida, a Melhor Foda do Universo Visível e Invisível (perguntem a Eva, essa descarada!), decidi — ô-lá-lá! — contar toda a verdade.
Toda? Bem, quase toda. Estou a pensar utilizar isto como título: Quase Toda. Não acham que tem uma certa modéstia pós-milénio? Quase Toda. A minha versão da história. O funk. O jive. O boogie. O rock and roll. (Fui eu que inventei o rock and roll. Nem imaginam as coisas que eu inventei. O sexo anal, obviamente. Fumar. Astrologia. Dinheiro… Não desperdicemos mais tempo: tudo aquilo que existe para vos distrair quando tentam pensar em Deus. O que… na verdade… é quase tudo o que existe no mundo, não concordam? Deuses.)»

Glen Duncan afirmou-se no panorama literário inglês com os seus dois primeiros romances, Hope e Love Remains.



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5 comentários:

  1. Bem, pelo menos deu vontade de ler. Tens a versão inglesa, não é? Existe em português?
    E sim, somos bons para uns, mau para outros e mais ou menos para alguns. Foi sempre assim.

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  2. Já me estragaste os planos para a reforma!!! Agora quero ler este livro. Porra!!!!

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  3. Eu também :)

    Oh Joel os teus planos para a reforma era nunca mais leres?

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  4. Tenho o tuga! este livro é pequeno e muito mas mesmo muito bom!

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