quarta-feira, 16 de junho de 2010

Pedra Mourinha

A lenda da Pedra Mourinha ficou para a história do Algarve e do sítio com o mesmo nome, que se situa em Portimão. O que a lenda conta, muito de vós já sabe. O que não se sabe são os acontecimentos que deram origem a essa bela história de Amor.

Em tempo incerto, algures entre o século XII e o Século XXI, em pleno Agosto, um formoso rapaz nadador-salvador de uma praia de nudistas, situada onde hoje é Armação de Pêra, preparava-se para mais um dia de árduo trabalho. O jovem era alto (1,72 m), moreno, olhos e cabelos castanho-esverdeado, músculos bem salientes no seu corpo bem torneado. O seu nome era Álvaro Teixeira e era algarvio de gema, mas de descendências nortenhas.
O sol batia nas 6h30 da matina, e lá estava ele, a passar o protector solar enquanto micava os primeiro veraneantes do dia. Com ele encontrava-se Inácio d' Albuquerque, um seu grande amigo, que estava de regresso de uma noite de intenso labor. Capitão-de-Mar era ele. E com muito orgulho!
A chegada das pessoas ao areal provocava um aumento da concentração de Álvaro. Até que...
...Chega a mais bela, a mais atraente, a mais linda, a mais exótica naturista por ele alguma vez vista. A sua atenção, repentinamente, está toda direccionada para esta rapariga. Esta lindíssima mulher com o seu metro e sessenta, longos cabelos negros, morena de nascença, lábios carnudos, seios nem grandes, nem pequenos: firmes; pele lisa, olhar negro e penetrante, sensual! Ao seu lado vinham dois marmanjos com vestes esquisitas: eram muçulmanos. E armados!
Tanto Álvaro como Inácio fizeram uma expressão de desilusão, mas que só durou até Álvaro dizer: "Ahhh, que bela moura!!!!!" - Álvaro e Inácio acenaram, concordando e riram.
Mal sabiam eles o que estava para vir.
Os mouros e a bela moura sentaram-se mesmo em frente ao nadador-salvador, o que não é o mais indicado, pelo que Álvaro Teixeira interpelou os invasores: "Peço desculpa, mas não é possível permanecer neste local". Os dois capangas olharam de esguelha para ele e ripostaram: "Salamec malacueca!
", disseram. Álvaro olhou para eles com indignação no olhar e, no momento em que desviava o olhar dos árabes, roçou com a vista pela bela moura, apercebendo-se que ela o fixava com um olhar ternurento, meigo, apaixonado... Viram-se faíscas a sair de seus olhares, corações e cupidos dançavam em seu redor. Era Amor.
Passaram-se dias, e a moura regressava àquela praia e trocava olhares comprometedores com o nadador-salvador. O seu nome era Vaihamèda Hipolíta e, não sei se já referi, mas era linda!!!!!
Seu pai, o último resistente de Silves, rei da cidade ainda moura, soube das intenções dos jovens em se juntar e prendeu a sua filha na torre do castelo, mas Álvaro e Inácio, eram homens cheios de recursos e amizades, e conseguiram recrutar uma meia-dúzia de barmans e recepcionistas, e resgataram a princesa moura do encarceramento. Não durou muitos minutos até que Inácio d' Albuquerque, Capitão-de-Mar, convertesse a moura ao cristianismo, e casasse os dois pombinhos. O rei mouro mauzão nada pôde fazer, perante o acto que já estava consumado, e regressou ao seu país: o Iraque!
Álvaro e Vaihamèda foram viver para uma moradia de luxo, nos terrenos dos pais de Álvaro, em Vila Nova de Portimão. Prontamente o sítio ficou chamado de Bela Mourinha, em homenagem à bela da ex-princesa moura.
Tudo corria bem para os dois apaixonados: - Tinham uma casinha, uma charrete, um cão, um gato, um dromedário e um casal de periquitos. Eram felizes, e a ex-moura convertida a cristã estava de esperanças. Iriam chamá-lo de Augusto.
Certo dia, perto de sua casa, Vaihamèda aproxima-se de uma gruta para apanhar Rosmaninho para chá. Não sabia ela que essa mesma gruta estava assombrada por zombies gay, e que seu marido havia ordenado o encerramento da mesma, com um pedragulho de 30 toneladas, importado do Egipto.
Era domingo, e ninguém trabalhava, pelo que o calhau estava suspenso por uma grua, mesmo à entrada da gruta. Vaihamèda, feliz pela vida: - marido bom todos os dias, terreno com fartura, um rebento quase a chegar... - avista um belo de um rosmaninho à entrada de uma gruta, e vai lá para colhê-lo. De repente, ouve uns grunhidos esquisitos, assoma-se e... de súbito: um vulto passa por ela, o que lhe provoca um enorme calafrio. Assusta-se! Grita: "AAAHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!!!!!!" O grito provoca um tremor de terra que abala a grua, partindo os cabos que aguentavam as 30 toneladas do calhau. Vaihamèda não consegue fugir e evitar ser atingida pelo enorme pedragulho.
Álvaro fica desolado, converte-se ao islamismo e, achando que não se justifica manter o nome do seu terreno como Bela Mourinha, muda-o para Pedra Mourinha.

1 comentário:

  1. ahahah muito bom mesmo. Até mais verídico do que a história que se conta por aí!

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