segunda-feira, 6 de junho de 2011

Olhóooo Saaaangue fresquinho...


Bem, ainda não li os livros, mas estou a ver a série "True Blood", ou "Sangue Fresco" como é conhecida em Portugal e que já vai na 4ª Época nos Estados Unidos. Bem, já devem achar que deve haver algum complô vampirico no Tertúlia, porque só se sugere livros com e sobre vampiros! Para ser sincero: É coincidência, e porque é o que nestes últimos anos tem estado na moda. Pessoalmente não sou grande fã de vampiros, e muito menos daqueles que brilham ao sol...

Fiquei com vontade de ler os livros, mas como não os li, e já vão no volume 9 da saga do Sangue Fresco, estou a ver a série, e é da série que vou falar.

Esta série despertou-me interesse, mantendo mais ou menos os clichés em volta dos vampiros, conseguiu tornar mais ou menos realista: "O que seria se os Vampiros e outros seres sobrenaturais existissem mesmo."
Não há nada de novo aqui, basicamente é: "Vampiro misterioso aparece, rapariga estranha apaixona-se pelo vampiro, e o vampiro por ela." (Porque é que isto me soa tão familiar?)


Na 1ª Época da série ficamos a conhecer Sookie Stackhouse, uma rapariga loira ostracizada pela comunidade de Bon Temps uma pequena cidade no Louisiana, tratada como uma aberração Sookie esconde um segredo que apenas os amigos mais chegados e familiares mais próximos conhecem, é telepata. Ela luta constantemente contra a sua habilidade para não ter de ouvir os pensamentos mais pessoais e as coisas mais horríveis que se pode imaginar. Entretanto à cidade chega Bill Compton, um vampiro de 173 anos, que dois anos depois da "Grande Revelação", o acontecimento que deu a conhecer ao mundo a existência dos vampiros, decidiu mudar-se para a sua terra natal, onde vivera antes de se tornar vampiro.
Nesta primeira época vemos o desenvolver da relação entre Bill e Sookie, os sentimentos à flor da pele, e a condenação da relação interracial. Se um casal normal tem problemas, imaginem os problemas que pode haver entre uma humana e um vampiro.

A 2ª Época focasse mais na relação entre a comunidade dos Vampiros, que durante milénios viveram nas sombras da história Humana e que viam os Homens mais como comida do que seres com direitos iguais, e a comunidade Humana, dividida entre os que aceitam os vampiros e os que pura e simplesmente acham que são uma abominação do mal. Politicamente carregada, as relações Humanos/Vampiros podem sem duvida nenhuma ser vistas como uma metáfora ao que actualmente se passa no mundo entre Católicos/Muçulmanos/judeus. Jason Stackhouse, o irmão mais velho de Sookie tem um papel mais relevante, não muito inteligente, Jason ao tentar encontrar repostas para a sua vida sem significado vê-se envolvido desta vez nas malhas de uma seita religiosa que defende a destruição dos vampiros. E para surpresa de muitos, outros seres sobrenaturais começam a emergir.

A hierarquia na horda dos vampiros toma mais relevância na 3ª Época. Começamos a compreender a sua estrutura social, e as varias ligações politicas, e a relação entre vampiro "Criador" e vampiro "Recem-criado", e a meu ver: "A humanidade nos vampiros". Os vampiros desprezam os sentimentos humanos, denominam-os estritamente aos Homens, amor, compaixão e afecto. E associam calculismo, desprendimento e crueldade ao que é ser vampiro. Na minha opinião estas são emoções muito mais Humanas do que os vampiros desta série querem admitir.

Esta é, se conseguir ver para lá do sangue (que corre aos litros em quase todos episódios), uma série cheia de trama policial, romântica, sobrenatural, com muito politica actual a mistura temperada por hierarquia medieval. Não aconselho só por haver montes de senas de sexo e mamas à mostra, mas porque apesar de tudo todos sentimos lá no fundo que seriamos capazes de tudo por alguém que amamos, muito mais do que só e simplesmente brilhar ao sol. Em "True Blood" os sacrifícios por amor são levados a um nível que ainda não vi ser ultrapassado.

Esta série está mesmo muito bem realizada, as personagens são complexas e são engraçadas, todas elas tem algo que nos faz ou gostar muito ou as odiar. Uma das minha personagem preferida é Lafayette Reynolds, um homossexual negro, que tem uma personalidade que eu acho um bocado esquizofrénica, num momento é uma Queen como logo a seguir é mais macho que alguns heterossexuais. Uma série completa com muitas cenas de comédia, terror e montes de atmosfera sexual...

Bem, boa leitura ou boa visualização.




NOTA: Todo o conteúdo deste blog é baseado em factos reais sendo que se torna muito difícil distinguir a ficção da realidade. Todas as imagens neste blog são descaradamente roubadas aos seus legítimos proprietários, desculpem lá qualquer coisinha! Se querem deixar o vosso desagrado façam-no nestes links:(http://tertuliacordeburroafugir.blogspot.com/)(http://www.youtube.com/tertuliacordeburro)

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