quarta-feira, 10 de março de 2010

Hipótese

Esta palavra significa actualmente, uma provável teoria, mas ainda não demonstrada, uma suposição admissível, por assim dizer, e há quem a utilize também para oferecer, de entre algumas variáveis, uma escolha. Por exemplo: vou dar a hipótese dos caros leitores deste blog de não continuarem com a leitura do resto deste texto e, se não a aceitarem, têm de ir até ao fim. Ou não!
Hipótese é uma palavra composta por aglutinação, sendo que a sua origem é “Hipo” e “Tese”.
Uma tese (literalmente 'posição', do grego q?siV) é uma proposição intelectual. Hoje é principalmente o trabalho académico que apresenta o resultado de investigação complexa e aprofundada sobre tema mais ou menos amplo, com abordagem teórica definida, enquanto que em relação à origem de hipo, existem várias teorias, sendo que a mais previsível é uma subtração da palavra hipopótamo.
Ora para chegarmos a esta palavra e este significado, muito alguém teve de penar, neste caso específico, duas personagens de muito pouca sorte.

Reza a história que um tal rapaz argelino, de nome Aurélio Agostinho (em latim: Aurelius Augustinus), um grande maluco nos seus tempos de juventude, lutou contra tudo e todos, mesmo sua própria mãe, ao não seguir a religião católica, e tornar-se um pseudo-filósofo (o que ele na realidade fazia era fumar umas ganzas e dizer umas parvoíces). Para além de dizer parvoíces, também as fazia, e foi o que aconteceu a 16 de Maio de 384 d.C. quando, mais uma vez, depois de fumar uma ganza de estrume de cavalo com os amigos, decidiu que o mais indicado para brincar seria um hipopótamo e dois romanos, adeptos fervorosos do “Ig”, coisa que Aurélio abominava com todas as forças do seu ser. E assim foi, Aurélio e os amigos jogaram os romanos para o meio dos hipopótamos, e digo-vos: não foi um espectáculo nada bonito de se ver. As posições adoptadas pelos animais em oposição aos panisgas romanos não fazem parte do argumento de nenhum conhecido filme pornográfico moderno. Não existe imaginação doentia actual que atinga o nível de asquerosidade visto então.

Foi esse o momento de viragem na vida de Aurélio Agostinho, que desde logo se converteu ao Cristianismo e se tornou bispo, escritor, teólogo, filósofo (a sério), padre e Doutor da Igreja Católica. Mudou o nome para Agostinho de Hipona e viveu e exílio até ao fim dos seus dias.
Então “hipótese”, como já devem ter percebido, tem a sua origem no facto de Aurélio Agostinho ter falecido em Hipona, e por ter escrito uma tese sobre a vida sexual dos hipopótamos-pigmeus-de-malta.
Refira-se que este homem, claro está, depois de falecido, passou a Santo Agostinho de Hipona.

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